Irmã Rose Bertoldo recebe prêmio Zilda Arns por sua luta pelos direitos das crianças

A Irmã Rose Bertoldo, religiosa da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria e integrante da Rede Um Grito Pela Vida, foi uma das escolhidas para ser homenageada com o Prêmio Nacional Medalha Zilda Arns, de Boas Práticas para a Primeira Infância.

A honraria consiste na entrega de uma medalha, concedida pela Prefeitura Municipal de Forquilhinha, terra natal da Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. A iniciativa identifica e valoriza as pessoas e entidades que, a exemplo de Zilda Arns, se dedicam a causa da Primeira Infância, e tem o objetivo de disseminar as práticas bem sucedidas que estejam contribuindo de forma significativa para a defesa e garantia dos direitos desta fase tão importante da vida do ser humano.

A outorga do prêmio aconteceu durante o “Seminário Nacional e Internacional de Políticas Públicas para a Primeira Infância – Um Tributo a Zilda Arns”, realizada na manhã da quarta-feira, 06 de outubro.

Irmã Rose foi indicada ao prêmio por seu compromisso e incansável luta contra o abuso, exploração sexual e o tráfico de crianças e adolescentes na Amazônia, especialmente no Amazonas, onde integra a Rede Um Grito Pela Vida, rede intercongregacional de enfrentamento e erradicação ao tráfico humano.



A medalha foi concedida à Irmã Rose em 2020, entretanto, devido à pandemia, somente agora foi feita a entrega. Outras 12 personalidades e entidades também foram homenageadas.

“O prêmio, na verdade, é o reconhecimento de todo esse trabalho. Mais do que reconhecimento é uma inspiração. Zilda Arns é uma inspiração! Além da inspiração, traz a dimensão do fortalecimento do trabalho: de continuar trabalhando, sobretudo nesse momento desafiador em que vivemos, especialmente para os mais vulneráveis. Ofereço essa premiação às crianças e adolescentes, à Rede Um grito Pela Vida, aos que promovem o cuidado com a vida e aos defensores e defensoras dos direitos humanos, sobretudos os que são ameaçados por seu trabalho”, disse Irmã Rose.

Irmã Rose e Irmã Maria Henriqueta Cavalcanti, da Comissão Justiça e Paz da CNBB, de Belém (PA)

Além de receber a medalha, a religiosa ICM é uma das palestrantes do evento e contribui com o debate sobre o “Papel da Sociedade Civil na Proteção a Infância”, apresentando o trabalho da Rede Um Grito Pela Vida no combate ao tráfico de crianças.

Irmã Rose Bertoldo – Uma Missionária pela vida e Direitos Humanos

Irmã Roselei Bertoldo é natural de Nova Palma, no Rio Grande do Sul. Ingressou na Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria em 1987, como aspirante. Professou os votos religiosos em 1993, em Gravataí/RS e a Consagração Definitiva em 1998, em João Pessoa/PB. É formada em Teologia, Filosofia e Pedagogia.

Seu itinerário religioso registra passagem pelas comunidades ICM do Norte e Nordeste brasileiro como Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e, desde 2012, no Amazonas. Vive sua Consagração Religiosa doando-se como defensora dos Direitos Humanos, especialmente nas causas sociais em favor dos mais vulneráveis, como crianças, adolescentes e mulheres.

Atuou em instituições sociais como a Casa Pequeno Davi (João Pessoa-PB), Comissão Pastoral da Terra no Piauí (CPT-PI), diversas Comunidades Eclesiais de Base e na Rede Um Grito Pela Vida, a qual foi uma das fundadoras. Em 2019, a religiosa foi nomeada pelo Papa Francisco como uma das auditoras do Sínodo para a Amazônia.

Medalha Dra. Zilda Arns

Doze personalidades e entidades foram homenageadas com a medalha “Zilda Arns Neumann”, por se destacarem no seu trabalho em favor de crianças e adolescentes. São eles: Acer Brasil e Jonathan Hannay, da Inglaterra; José Raimundo Carneiro de Oliveira, jornalista da Rede Globo, de Salvador; o vice-presidente da Fraternidade Sem Fronteiras, Ranieri Lima Dias, da África; Irmã Rosi Bertoldo, ICM Rede Um Grito Pela Vida, de Manaus; Irmã Maria Henriqueta Cavalcanti, da Comissão Justiça e Paz da CNBB, de Belém; Luis Pederneras, Presidente do Comitê dos Direitos da Criança da ONU; Padre José Rosario Marroquin Farrera, da Pastoral De Pueblos Originarios Y Afromexicanos, do México; a Desembargadora Rosane Portella Wolff, de Florianópolis; a Delegada Waldelice da Silva Carneiro, de Macapá, a Fundación Fe Y Alegría, da Colômbia e o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora Regional de Apiúna, Ascurra e Rodeio.



Por: Magnus Regis| comunicacao@icm-sec.org.br

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