Irmã Neusa Mariano, Superiora Geral das Scalabrinianas, visita Sede Geral ICM

Porto Alegre (RS) – Na tarde da segunda-feira, 25 de março, a comunidade da Sede Geral das Irmãs do Imaculado Coração de Maria (ICM) acolheu a visita fraterna da Irmã Neusa de Fátima Mariano, Superiora Geral da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabrinianas. A Irmã Neusa está no Brasil para missão de visita às comunidades de sua congregação, e seu encontro com as Irmãs do Imaculado Coração de Maria foi marcado pela alegria.

A Irmã Neusa também representa a constelação da União das Superioras Gerais em Roma, enquanto a Irmã Maria Freire é a delegada da União das Superioras Gerais brasileiras. Ambas desempenham papéis importantes dentro dessas grandes constelações, que reúnem Superioras Gerais de várias congregações, buscando fortalecer e orientar a vida religiosa em sintonia com a caminhada da Igreja.

Na passagem pela Sede Geral, ela concedeu uma entrevista. Leia abaixo:

Comunicação ICM: Senhora, está no Brasil para visitar a vida scalabriniana e brasileira. Como está sendo esse encontro?

Irmã Neusa de Fátima: De fato, é um momento de muita alegria. Eu sempre digo às Irmãs que esta visita é uma graça para elas, mas sobretudo para mim. Entrar em contato com a vida, a espiritualidade e todas as missões que as irmãs realizam… Temos uma vasta presença em todo o Brasil e, dentro desses contextos da migração, a Congregação vem crescendo. Estamos enfrentando grandes desafios. Há uma mudança de realidade, da migração interna para a internacional. Sentimos os grandes desafios. Também estamos nos reorganizando como congregação para dar uma resposta ainda mais ampla e expressiva no contexto das migrações. Graças a Deus, o Brasil sempre foi essa nação acolhedora que recebe a diversidade cultural e, ao mesmo tempo, é um país de tantas e tantas esperanças também nesse aspecto da Vida Consagrada. Para mim, também é uma riqueza muito grande. Sinto-me muito animada visitando, encontrando com as Irmãs, com as pessoas com as quais as Irmãs trabalham. É um período de muita graça.

As Irmãs Carlistas (Scalabrinianas) e as do Imaculado Coração de Maria compartilham a missão em muitos espaços. A Rede Um Grito Pela Vida é um exemplo. Na Igreja se fala na sinodalidade. A vida religiosa já vive essa prática há muito tempo, não?

Sempre dizemos que a Vida Religiosa traz em sua história uma experiência de sinodalidade. E agora, mais do que nunca, com o apelo do Papa Francisco de caminharmos juntas – e caminhar juntas como Igreja – e como congregações é uma grande esperança. Com a Congregação da Irmã Maria Freire, temos tido muitos encontros, muitas partilhas enquanto UISG, e tem sido um momento de muita riqueza, seja pelo momento de partilha com a constelação Brasil, com a Constelação Roma e as demais constelações presentes, sempre com a busca de mais. Na União dos Superiores Maiores da Itália, é sempre essa busca por maior sinergia, por um caminho conjunto, e por somar esforços para dar uma resposta, porque nossa vocação é a mesma: viver e expressar nosso Carisma na Igreja. Hoje, mais do que nunca, somos chamadas a viver a intercongregacionalidade, essa colaboração e ajuda fraterna como Vida Consagrada. E o Brasil nos ensina muito porque já há uma experiência muito grande de projetos intercongregacionais, de iniciativas conjuntas. Isso também estamos levando para fora do Brasil, levando essa experiência para que, como Igreja, possamos crescer nessa sinodalidade e como Vida Consagrada. No ano passado, eu e a Irmã Maria Freire participamos pela primeira vez do encontro das uniões, dos superiores masculinos e das superioras gerais. Foi muito bonito, as duas reuniões. Sacerdotes e Irmãs reunidos para buscar e encontrar caminhos de apoio, de colaboração… e isso é a Igreja que caminha junto.

Estamos às portas do Jubileu de 2025. Que mensagem a senhora deixa para as Irmãs, leigos(as) que vivem os Carismas para que vivam esse tempo para que a Igreja consiga alcançar a sua missão?

Já estamos vivendo a preparação. Em 2024, o Papa nos convida a um ano de oração em preparação ao Jubileu da Igreja em 2025, e o tema já nos motiva a sermos peregrinos da esperança. Vida Religiosa, leigos, batizados, todos nós estamos no mesmo caminho de não perder a esperança. Neste momento que estamos vivendo, com tantas situações, podemos estar desencorajados, preocupados, mas devemos ter esse olhar de esperança para o futuro. Os leigos também são chamados a serem evangelizadores desde a sua vocação, na sua família, nos ambientes onde se encontram, e todos nós vivemos essa dimensão de peregrinos, de estarmos a caminho, mas caminhando com a esperança.



Por Magnus Regis | comunicacao@icm-sec.org.br

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